Naomi terá proteção em audiência sobre 'diamante de sangue'


A modelo britânica Naomi Campbell poderá receber auxílio de um advogado durante depoimento sobre um 'diamante de sangue', num julgamento sobre crimes de guerra em Serra Leoa. Fotógrafos estarão proibidos de filmá-la na audiência.

Promotores querem que Campbell preste depoimento para esclarecer declarações de testemunhas alegando que ela teria recebido um ou mais 'diamantes de sangue' -- diamantes extraídos de zonas de guerra -- do ex-presidente liberiano Charles Taylor, acusado na corte de Haia por crimes de guerra.

Advogados de Campbell entregaram um pedido à Corte Especial para Serra Leoa solicitando medidas de proteção na semana passada, para que o tribunal tome medidas para garantir que a privacidade e segurança da modelo sejam preservadas quando ela der testemunho na quinta-feira (5).

O tribunal determinou nesta terça-feira (3) que seria de interesse da Justiça conceder ao advogado de Campbell um direito limitado de intervir na decisão de permitir perguntas à Campbell se houver risco de ela se incriminar ao respondê-las.

Na decisão, o tribunal também disse que havia "fundamentos legítimos de preocupação" para a segurança de Campbell devido à intensa exposição na mídia da modelo.

A corte determinou ainda que sejam tomadas medidas para que "ninguém fotografe ou filme a senhorita Campbell quando ela estiver entrando ou saindo do prédio do tribunal, ou quando ela estiver dentro do prédio do tribunal."

Taylor é acusado de tirar diamantes da África do Sul para comprar armas, acusação que ele nega. Em janeiro, promotores disseram que durante sua visita à África do Sul em 1997, Taylor teria dado a Campbell um grande diamante bruto depois de um jantar recepcionado por Nelson Mandela.

Ele nega as 11 acusações de instigar assassinato, estupro, mutilação, escravidão sexual e recrutamento de soldados infantis durante a guerra na Libéria e Serra Leoa, em que mais de 250 mil pessoas morreram.

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